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Daniel Andry originalmente compartilhou esta postagem:


Eu sei, mas não devia 
Marina Colasanti   http://www.releituras.com/mcolasanti_eusei.asphttp://www.releituras.com/mcolasanti_eusei.asp
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972) Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna. O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

                      

GENTE SE ACOSTUMA...

A gente se acostuma a fingir que estuda e tira notas baixas. Tirando notas baixas,procuramos desesperadamente um “alguém” culpado.
A gente se acostuma a “matar aula”. E matando aula, desperdiçamos o que de mais precioso nós temos,o tempo.
A gente se acostuma a não fazer as tarefas de casa, e não fazendo as tarefas de casa,deixamos de estudar o conteúdo necessário.
A gente se acostuma a não cumprir o horário de início e término das aulas ,a ir ao banheiro desnecessariamente só pra não ficar na sala.
A gente se acostuma a desrespeitar os professores,colegas e pais.E quando nos acostumamos a não respeitar as pessoas perdemos o respeito por nós próprios
A gente se acostuma a saber que seres humanos estão morrendo de fome, mas a culpa não é nossa e quando não queremos lanchar , jogamos o lanche da escola fora por que não fomos nós que compramos e é ruim e se eu não comprei não tenho responsabilidade, e se não tenho responsabilidade,a fome é culpa de alguém.
A gente se acostuma a falar mal do CEMTN, de outras escolas, da nossa família ,mas nos esquecemos que nós somos a escola ,nós fazemos parte da família,e quando falamos mal do ambiente em que moramos ou do ambiente em que estudamos,estamos falando mal de nós mesmos.
A gente se acostuma a achar chata toda a programação proposta pelos coordenadores ou professores .E achando chato não participamos,e quando deixamos de participar, deixamos passar uma oportunidade que jamais voltará,pois o que passou passou,tenha sido bom ou ruim.
A gente se acostuma a não cumprir normas simples como usar uniformes,e se nos acostumamos a não cumprir normas desde cedo, nos acostumamos a ganhar broncas e advertências.E se crescemos achando normal descumprir às normas, devemos ter cuidado quando “alguém” decidir que esta na hora de aprendermos e usar métodos pouco agradáveis para nos ensinar.
A gente se acostuma a estudar para tirar 4,79 e passar de ano por arredondamentos.E se “alguém” reclamar,diremos em alto e bom som:O que interessa é passar de ano e passamos.Mas se passamos de ano por arredondamentos,não poderemos ficar chateados com o jeito arredondado de sua nota no vestibular ou no concurso para aquela profissão desejada:0
A gente se acostuma a dizer aos nossos pais que não pedimos pra nascer.E se não pedimos para nascer não temos nenhuma obrigação com a vida.Se não temos obrigações com a vida não temos com nós mesmos.
A gente se acostuma a se achar sempre vítima das circunstâncias .E , nos achando vítima ,procuramos “alguém” para culpar por tudo que nos acontece.
É culpa deste “alguém” por termos nascido.
É culpa deste” alguém” se não temos uma boa escola para estudar
É culpa desse” alguém” se não temos saúde física e mental e não sermos de bem com a vida
É culpa deste “alguém” se não sabermos que a vida e cheia de opções .E sendo a vida cheia de opções,caberá única e exclusivamente a nós optarmos por ser na vida o que realmente queremos ser
E esse “alguém”,culpado de tudo o que nos acontece no futuro, dirá: a opção foi sua.
A opção ou a culpa??

Marina Colasanti escreveu um texto lindo “Eu sei, mas não devia”, mas tarde uma colega adaptou o texto .
Confira o texto original

Arvore de Natal

Qui_
sera,
Senhor,
neste Natal,
armar uma
árvore no meu
coração e nela
pendurar, no lugar
de presentes, os
nomes de todos os
amigos. Os antigos e os
mais recentes. Os que
vejo a cada dia e os que
raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que,
às vezes, ficam esquecidos.
Os constantes e inconstantes. Os
das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que sem querer, eu magoei e os
que, sem querer, magoaram-me. Aqueles
que conheço profundamente e aqueles
dos quais pouco sei. Os que pouco me devem
e aqueles a quem muito devo. Os amigos humildes
e os amigos importantes. Os nomes de todas as
pessoas que já passaram pela minha vida.
Uma árvore de raízes bem profundas, para que seus
nomes jamais saiam do meu coração e da minha
memória. Uma árvore como jamais houve outra igual. De
ramos muito extensos para que novos nomes, vindos de todas
as partes, juntem-se
aos já existentes.
De sombra boa
e agradável, para
que a nossa amizade
seja, sempre, um momento de repouso nas lutas da vida.    (retirada da internet)

COMO SE MEDE UMA PESSOA?                       

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.
Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu,
quando trata você com carinho e respeito,
quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena pra você quando só pensa em si mesmo,
quando se comporta de uma maneira pouco gentil,
quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar
o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida,
quando busca alternativas para o seu crescimento,
quando sonha junto.
É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro,
quando age não de acordo com o que esperam dela,
mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa
reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza
ou miudeza dentro de um relacionamento,
pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas:
será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam
e se encolhem aos nossos olhos.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros,
mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão,
e ao recolhê-la inesperadamente,
se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande.
É a sua sensibilidade sem tamanho.       
  (retirada da internt0

A Lista

Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?        (retirada da internet)
  

O Menestrel - 

William Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

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